quarta-feira, 29 de junho de 2011

Biomas Terrestres e Marinhos

Biomas  Terrestres 

 

Tundra

Localiza-se no Círculo Polar Ártico. Compreende Norte do Alasca e do Canadá, Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria.
Recebe pouca energia solar e pouca precipitação. esta ocorre geralmente sob forma de neve e o solo permanece a maior parte do ano gelado. Durante a curta estação quente (2 meses) ocorre o degelo da parte superior, rica em matéria orgânica, permitindo o crescimento dos vegetais. O subsolo fica permanentemente congelado (permafrost).
A Tundra caracteriza-se por apresentar poucas espécies capazes de suportar as condições desfavoráveis.
Os produtores são responsáveis por capim rasteiro e com extensas áreas cobertas por camadas baixas de liquens e musgos. Existem raras plantas lenhosas como os salgueiros, mas são excessivamente baixas (rasteiras).
As plantas completam o ciclo de vida num espaço de tempo muito curto: germinam as sementes, crescem, produzem grandes flores (comparadas com o tamanho das plantas), são fecundadas e frutificam, dispersando rapidamente as suas sementes.
No verão a Tundra fica mais cheia de animais: aves marinhas, roedores, lobos, raposas, doninhas, renas, caribus, além de enxames de moscas e mosquitos.

 

Taiga

Também chamada de floresta de coníferas ou floresta boreal. Localiza-se no norte do Alasca, Canadá, sul da Groelândia, parte da Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.
Partindo-se da Tundra, à medida que se desloca para o sul a estação favorável orna-se mais longa e o clima mais ameno.
Em conseqüência disso a vegetação é mais rica, surgindo a Taiga.
Na Taiga os abetos e os pinheiros formam uma densa cobertura, impedindo o solo de receber luz intensa. A vegetação rasteira é pouco representada. O período de crescimento dura 3 meses e as chuvas são poucas.
Os animais são representados por aves, alces, lobos, martas, linces, roedores etc.

 

Floresta Caducifólia ou Floresta Decídua Temperada

Predomina no hemisfério norte, leste dos Estados Unidos, oeste da Europa, leste da àsia, Coréia, Japão e partes da China.
A quantidade de energia radiante é maior e a pluviosidade atinge de 750 a 1.000 mm, distribuída durante todo o ano. Nítidas estações do ano. Neste Bioma, a maioria dos arbustos e árvores perde as suas folhas no outono e os animais migram, hibernam ou apresentam adaptações especiais para suportar o frio intenso.
As plantas são representadas por árvores ditotiledôneas como nogueiras, carvalhos, faias. Os animais são representados por esquilos, veados, muitos insetos, aves insetívoras, ursos, lobos etc.

 

Floresta Tropical ou Floresta Pluvial ou Floresta Latifoliada

A floresta tropical situa-se na região intertropical. A maior área é a Amazônia, a segunda nas Índias Orientais e a menor na Bacia do Congo (África).
O suprimento de energia é abundante e as chuvas são regulares e abundantes, podendo ultrapassar 3.000 mm anuais.
A principal característica da floresta tropical é a sua estratificação. A parte superior é formada por árvores que atingem 40 m de altura, formando um dossel espesso de ramos e folhas. No topo a temperatura é alta e seca.
Debaixo desta cobertura ocorre outra camada de árvores, que chegam a 20 m de altura, outras a 10 m e 5 m de altura.
Este estrato médio é quente, mais escuro e mais úmido, apresentando pequena vegetação.
O estrato médio caracteriza-se pela presença de cipós e epífitas. A diversificação de espécies vegetais e animais é muito grande.

 

Campos

É um Bioma que se caracteriza por apresentar um único estrato de vegetação. O número de espécies é muito grande, mas representado por pequeno número de indivíduos de cada espécie.
A localização dos campos é muito variada: centro-oeste dos Estados Unidos, centro-leste da Eurásia, parte da América do Sul (Brasil, Argentina) e Austrália.
Durante o dia a temperatura é alta, porém a noite a temperatura é muito baixa. Muita luz e vento, pouca umidade. Predominam as gramíneas. Os animais, dependendo da região, podem ser: antílopes americanos e bisões, roedores, muitos insetos, gaviões, corujas etc.

 

Deserto

Os desertos apresentam localização muito variada e se caracterizam por apresentar vegetação muito esparsa.
O solo é muito árido e a pluviosidade baixa e irregular, abaixo de 250 mm de água anuais. Durante o dia a temperatura é alta, mas à noite ocorre perda rápida de calor, que se irradia para a atmosfera e a temperatura torna-se excessivamente baixa. As plantas que se adaptam ao deserto geralmente apresentam um ciclo de vida curto. Durante o período favorável (chuvoso) germinam as sementes, crescem, florescem, frutificam, dispersam as sementes e morrem.
As plantas perenes como os cactos apresentam sistemas radiculares superficiais que cobrem grandes áreas. Estas raízes estão adaptadas para absorver as águas das chuvas passageiras.
O armazenamento de água é muito grande (parênquimas aqüíferos). As folhas são transformadas em espinhos e o caule passa a realizar fotossíntese.
Os consumidores são predominantemente roedores, obtendo água do próprio alimento que ingerem ou do orvalho. No hemisfério norte é muito comum encontrar-se, nos desertos, arbustos distribuídos uniformemente, como se tivessem sido plantados em espaços regulares. Este fato explica-se como um caso de amensalismo, isto é, os vegetais produzem substâncias que eliminam outros indivíduos que crescem ao seu redor.


 Biomas Marinhos

Podem ser divididos em:




  • plataforma continental (recifes de coral e campos de águas marinhas);











  • costões rochosos;











  • zona oceânica.









  • Plataforma continental

    A plataforma continental não é tão profunda quanto a zona oceânica. Desde a praia, o declive formado na plataforma continental é de até 200 m. Aqui aparecem muitos tipos de animais que vivem sobre e no fundo arenoso. Nessas regiões, milhares de plantas aquáticas microscópicas, o fitoplâncton, flutuam na água e realizam o processo fotossintético com grande intensidade.

    Aí aparecem significativas correntes que são, em parte, originadas pelos rios. Uma considerável quantidade de alimento está disponível nas plataformas continentais, permitindo que nela existam peixes, caranguejos, lagostas, mariscos e muitos outros seres vivos.

    É nessa região que, ao longo da costa (onde as temperaturas ficam acima de 20o C, as ondas e correntes são fortes), se desenvolvem os recifes de corais. Os recifes são formados por uma grande diversidade de plantas e animais que "constroem" uma formação calcária com seus esqueletos. Nos recifes, a fotossíntese é intensa. Há muita diversidade, ou seja, muitos tipos de indivíduos, porém pequenas populações de cada espécie.

    Vários mariscos, esponjas e algas podem ser encontrados aí. Muitos animais utilizam o coral como fonte de alimento, como o peixe papagaio. Outros pequenos peixes, os pepinos do mar, grandes carnívoros como as moréias, barracudas e pequenos tubarões vivem em suas margens.

    Também ao longo das costas, agora rochosas, onde as águas são frias e o as ondas são favoráveis, aparecem os campos de algas marinhas, onde a produção fotossintética também é grande. Nessas regiões aparecem muitos animais como peixes, lontras marinhas, moluscos (madrepérolas) e ouriços do mar.

     

    Costões rochosos

    Os costões rochosos localizam-se na zona entre-marés, onde o mar bate em superfícies duras, como rochas. Indivíduos que sobrevivem algum tempo fora da água e algum tempo dentro da água se fixam de alguma forma nessas formações. Esses seres vivos conseguem se utilizar de nutrientes arrastados pela maré. Alguns peixes predadores aparecem, quando a maré está alta.

    Mar aberto

    Conhecemos como zona oceânica, ou mar aberto, as massas de água salgadas que rodeiam os continentes a partir da região onde o fundo do mar cai drasticamente. Nas águas profundas, a quantidade de nutrientes varia de um local para o outro, sendo que a luz alcança no máximo 100m de profundidade. A salinidade é relativamente uniforme.

    As correntes marítimas dirigidas pelos ventos que incidem na água são muito fortes. Em profundidades maiores existe uma contracorrente com águas do fundo, fazendo um intercâmbio de nutrientes nas diferentes regiões oceânicas.

    A vida na área oceânica é dispersa e diversa. O fitoplâncton e os milhares de minúsculos animais que também flutuam na água (zooplâncton) formam o plâncton, que se move junto com as correntes que falamos anteriormente. Muitos animais maiores, incluindo peixes e mamíferos (como cetáceos), também se movem desde a superfície até o fundo em seu ciclo diário.

    Escrito por: Alex Schmitt

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