quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Acidentes ecologicos

Acidente na plataforma P-36 da Petrobrás

http://www.youtube.com/watch?v=kx6WIG7ygdI&feature=related

Por: Camila Heck

ameaças de dessastres ecológicos no brasil

Quais são as principais ameaças de desastres ecológicos no Brasil?

por Suzana Paquete
A extinção de grandes áreas de vegetação nativa e a destruição de rios importantes são algumas das principais ameaças. O duro é saber que por trás disso tudo está, claro, a ação humana. "Estamos alterando ciclos importantes do planeta. E isso acontece no Brasil em função das atividades econômicas, como em todo país desenvolvido", diz o engenheiro Márcio Freitas, coordenador de qualidade ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os efeitos de alguns desses problemas só serão sentidos num futuro distante - como a destruição das florestas, da fauna e da flora. Mas há também as conseqüências que podem estourar a qualquer momento, deixando uma região em situação crítica após, por exemplo, o vazamento de um oleoduto ou de uma usina nuclear. As ameaças de acidentes ecológicos são tão sérias que mobilizam várias organizações não-governamentais (ONGs), todas desenvolvendo projetos para driblar os problemas e tentando abrir os olhos dos governantes enquanto há tempo. Esse tipo de fiscalização é fundamental e dá resultados. Quer um exemplo? Há cerca de 20 anos, os prognósticos sobre a poluição atmosférica nas grandes metrópoles brasileiras era sombrio: alguns especialistas imaginavam que no ano 2000 os automóveis poderiam ser até proibidos de circular na cidade de São Paulo. Após mudanças na legislação, o controle da emissão de poluentes dos veículos ficou bastante rigoroso e as previsões assustadoras não se concretizaram: os carros continuam circulando por São Paulo, mas agora numa versão bem mais ecológica. Esse exemplo bem que poderia ser seguido em outros casos de ameaças ambientais, como nos sete casos que listamos abaixo.

O MAIOR ACIDENTE ECOLÓGICO RADIOATIVO NO BRASIL

Acidente Césio 137 Goiânia, Brasil

ACIDENTE CÉSIO 137 GOIÂNIA, BRASIL
grupo: Elis,Guilherme,Gustavo e Phillipe
Foi um acidente radioativo ocorrido no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. No desastre foram contaminadas centenas de pessoas acidentalmente através de radiações emitidas por uma cápsula que continha césio-137. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares. Tudo teve inicio com a curiosidade de dois catadores de lixo, que vasculhavam as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia.
No local eles acabaram encontrando um aparelho de radioterapia, eles removeram a máquina com a ajuda de um carrinho de mão e levaram o equipamento até a casa de um deles. Eles estavam interessados no que podiam ganhar vendendo as partes de metal e chumbo do aparelho em ferros-velho da cidade, ignoravam de todas as formas o que era aquela máquina e o que continha realmente em seu interior.
No período da desmontagem da máquina, eles foram expostos ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl), tal substância um pó branco parecido com o sal de cozinha, porém no escuro ele brilha com uma coloração azul. Após cinco dias, a peça foi vendida a um proprietário de um ferro-velho, o qual se encantou com o brilho azul emitido pela substância. Crendo estar diante de algo sobrenatural, o dono do ferro-velho passou 4 dias recebendo amigos e curiosos interessados em conhecer o pó brilhante. Muitos levaram para suas casas pedrinhas da substância, parte do equipamento de radioterapia também foi para outro ferro-velho, de forma que gerou uma enorme contaminação com o material radioativo.
Os primeiros sintomas da contaminação (vômitos, náuseas, diarréia e tonturas) surgiram algumas horas após o contato com a substância, o que levou um grande número de pessoas a procura hospitais e farmácias, sendo medicadas apenas como pessoas portadoras de uma doença contagiosa. Mas tarde descobriu-se de que se tratava na verdade de sintomas de uma Síndrome Aguda de Radiação. Somente no dia 29 de setembro de 1987 é que os sintomas foram qualificados como contaminação radioativa, e isso só foi possível devido à esposa do dono do ferro-velho ter levado parte da máquina de radioterapia até a sede da Vigilância Sanitária.
Os médicos que receberam o equipamento solicitaram a presença de um físico, pois tinham a suspeita de que se tratava de material radioativo. Então o físico nuclear Valter Mendes, de Goiânia, constatou que havia índices de radiação na Rua 57, do St. Aeroporto, bem como nas suas imediações. Por suspeitar ser gravíssimo o acidente, ele acionou a então Comissão Nacional Nuclear (CNEN).
O então chefe do Departamento de Instalações Nucleares José Júlio Rosenthal, dirigiu-se no mesmo dia para Goiânia. Ao se deparar com um quadro preocupante, ele chamou o médico Alexandre Rodrigues de Oliveira, da Nuclebrás (atualmente, Indústrias Nucleares do Brasil) e também o médico Carlos Brandão da CNEN. Chegaram no dia seguinte, quando a secretaria de saúde do estado já fazia a triagem num estádio de futebol dos acidentados.
Uma das primeiras medidas foi separar todas as roupas das pessoas expostas ao material radioativo, lavá-las com água e sabão para a descontaminação externa. Após esta medida, as pessoas tomaram um quelante (substancia que elimina os efeitos da radiação, denominado de “azul da Prússia”). Com ele, as partículas de césio saem do organismo através da urina e das fezes.
Cerca de um mês após o acidente quatro pessoas vieram a óbito, a menina Leide das Neves, Maria Gabriela e dois funcionários do ferro-velho e cerca de 400 pessoas ficaram contaminadas. O trabalho de descontaminação dos locais atingidos geraram cerca de 13,4 toneladas de lixo (roupas, utensílios, materiais de construção, etc.) contaminado com o césio-137. Esse lixo encontra-se armazenado em cerca de 1.200 caixas, 2.900 tambores e 14 contêineres em um depósito construído na cidade de Abadia de Goiás, onde deve ficar por aproximadamente 180 anos.
Após o acidente cerca de 60 pessoas morreram vítimas da contaminação com o material radioativo, entre eles funcionários que realizaram a limpeza do local. O Ministério Público reconhece apenas 628 vítimas contaminadas diretamente, mas a Associação de Vítimas contaminadas do Césio-137 calcula que esse número seja superior a 6 mil pessoas que foram atingidas pela radiação. No ano de 1996, a Justiça julgou e condenou por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) três sócios e funcionários do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (Santa Casa de Misericórdia) a três anos e dois meses de prisão, pena que foi substituída por prestação de serviços. Atualmente, as vítimas reclamam da omissão do governo para com a assistência que eles necessitam, tanto médica como de medicamentos. O governo nega a acusação e diz que as vítimas fazem o uso do acidente como pretexto para justificar todos seus problemas de saúde.

postado por: Bruna Machado

Imagem de Acidentes Ecológicos


OS MAIORES ACIDENTES ECOLÓGICOS DO MUNDO

Vários crimes contra a natureza são dolorosamente memoráveis. O primeiro a chamar atenção mundial foi a destruição atômica em Hiroshima e Nagasáki, no Japão, que matou pelo menos 150 mil japoneses e deixou o ambiente local radioativo por décadas. Outra tragédia nuclear, a explosão de um reator na usina de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, tirou a vida de 10 mil pessoas e afetou milhares de quilômetros de florestas. Outras tristes lembranças são os derramamentos de óleo no mar do Alasca, em 1989, e na costa espanhola, no ano passado. Ou o vazamento de gases tóxicos em Bhopal, na Índia, em 1984, considerado o pior acidente químico da história. Em nosso mosaico de desastres ecológicos, entraram fatos causados pelo homem que provocaram grande dano à natureza em um curto espaço de tempo.

"São catástrofes sérias por causa das perdas de vidas, mas são desastres pontuais. As verdadeiras tragédias ambientais ocorrem durante décadas e destroem ecossistemas locais", afirma a naturalista Dejanira de Franceschi de Angelis, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP). Exemplos disso são o avanço do buraco na camada de ozônio ou do efeito estufa, que podem comprometer a vida no planeta. Ou ainda o desmatamento das florestas brasileiras. Nos 503 anos de colonização, a Mata Atlântica perdeu 93% de sua cobertura original. Em um tempo bem menor - cerca de 30 anos - sumiram 20% da área da Amazônia e 80% do cerrado.

"Esse último ecossistema deve levar milhões de anos para se recompor", diz o biólogo José Maria Cardoso da Silva, da ONG Conservation International.
Isso sem contar o lado invisível do drama da devastação: junto com as árvores e os animais mortos, desaparece também a vida microscópica. "Sem os microorganismos, a vida na Terra está seriamente comprometida"


postado por: Bruna Machado